Relíquias religiosas sempre despertaram fascínio, especialmente aquelas atribuídas a santos ou a Jesus Cristo. Entre as mais veneradas estão itens como o Sudário de Turim. Agora, um cientista afirma ter descoberto um artefato ainda mais significativo: os pregos da crucificação de Jesus.
Tudo começou em 1990, com as escavações da tumba de Caifás, o Sumo Sacerdote judaico que entregou Jesus a Pôncio Pilatos.
Um estudo publicado na revista **Archaeological Discovery** revelou que, além das camadas de ferrugem e sedimentos, os pregos contêm fragmentos microscópicos de ossos, sugerindo que foram usados em uma crucificação.
O Mistério dos Pregos
Originalmente, os pregos foram encontrados dentro de um ossário na tumba de Caifás, descoberta por acaso durante a construção de uma rodovia em Jerusalém. A tumba indicava que pertencia ao Sumo Sacerdote e a seu filho. Não se sabe ao certo como os pregos desapareceram, mas a história teve várias reviravoltas.
Em 2000, o renomado antropólogo Israel Hershkovitz, da Universidade de Tel Aviv, recebeu uma caixa contendo dois pregos antigos e enferrujados. Sem marcações, os pregos supostamente faziam parte da coleção particular do antropólogo israelense Nicu Haas, falecido em 1986, que os teria encontrado em uma tumba na década de 1970.
O Retorno dos Pregos
Em 2011, o cineasta Simcha Jacobovici encontrou os pregos na Universidade de Tel Aviv e imediatamente os associou à crucificação de Cristo, resultando no documentário **Os Pregos da Cruz**. Embora o documentário tenha gerado controvérsia, quase uma década depois, Jacobovici parece ter a ciência ao seu lado.
O geólogo Aryeh Shimron analisou os pregos e concluiu que eles contêm o mesmo fungo encontrado na tumba de Caifás, reforçando a ideia de que são os pregos extraviados na década de 90.
A grande questão é: por que Caifás, um dos responsáveis pela crucificação de Jesus, teria guardado os pregos e os levado para sua tumba? Segundo Jacobovici, Caifás pode ter considerado os pregos como artefatos milagrosos.
Embora a descoberta dos pregos traga um novo capítulo intrigante à história da crucificação, o mistério em torno de sua origem e uso continua a alimentar debates e curiosidade entre historiadores, cientistas e fiéis ao redor do mundo.