No último domingo (15), uma tragédia chocante abalou a região de Tangará da Serra, no Mato Grosso, com um grave acidente de trânsito que resultou na morte de quatro pessoas. O cenário de horror aconteceu na MT-339, uma rodovia localizada a aproximadamente 240 km de Cuiabá. Envolvendo três veículos — um carro de passeio, uma picape e uma caminhonete — o acidente deixou marcas profundas na comunidade local, que agora lida com a perda de vidas e busca respostas sobre as circunstâncias que levaram a essa fatalidade.

De acordo com as primeiras informações da Polícia Civil, o acidente foi desencadeado quando o motorista de uma picape, que trafegava em direção ao centro de Tangará da Serra, perdeu o controle do veículo após ser atingido por um dos outros automóveis envolvidos. O impacto resultou na morte imediata de todos os ocupantes do carro de passeio. Além disso, o condutor da caminhonete foi gravemente ferido e teve que ser levado às pressas para um hospital da região.

Ele segue internado em estado grave, enquanto a polícia tenta desvendar o que exatamente ocorreu na fatídica tarde.

As vítimas do acidente, que estavam no carro de passeio, foram identificadas como João Valdivino dos Santos, de 53 anos, Edilaine Marciano da Silva, de 37 anos, João Vitor Marciano dos Santos, de apenas 15 anos, e Ana Rosa Eugenio, cuja idade ainda não foi divulgada. A Polícia Civil ainda não conseguiu determinar se os passageiros estavam usando cinto de segurança no momento do acidente, fator que poderia ser relevante na análise das causas da tragédia.

A dor e o luto tomaram conta da família e amigos das vítimas, que precisaram lidar com a difícil notícia do falecimento de quatro pessoas queridas de uma só vez. A comunidade de Tangará da Serra também foi impactada, pois João Valdivino e Edilaine eram bem conhecidos na região. João, inclusive, era tido como uma pessoa de muita simpatia e presença em eventos locais, o que torna essa perda ainda mais difícil de ser assimilada pelos moradores da cidade.

Relatos iniciais colhidos por testemunhas indicam que a caminhonete envolvida no acidente estava em alta velocidade, o que pode ter sido um dos fatores determinantes para a gravidade da colisão. Essas informações, porém, ainda estão sendo investigadas pelas autoridades competentes, que buscam esclarecer a dinâmica do acidente e verificar se houve imprudência por parte de algum dos condutores.

O motorista da picape, que não sofreu ferimentos graves e conseguiu se manter consciente após a colisão, afirmou à Polícia Civil que não conseguiu entender o que aconteceu no momento do acidente.

Segundo ele, tudo ocorreu muito rápido, e ele não pôde precisar a sequência exata dos acontecimentos. Seu depoimento será fundamental para ajudar a polícia a montar o quebra-cabeça dessa trágica ocorrência.

O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados imediatamente após o acidente para prestar socorro às vítimas. Ao chegarem ao local, no entanto, os socorristas encontraram os quatro ocupantes do carro de passeio já sem vida.

Os bombeiros tiveram que trabalhar para retirar os corpos das ferragens, em um cenário de destruição total dos veículos. A força da colisão foi tão intensa que o carro de passeio ficou completamente irreconhecível, e a remoção das vítimas foi um trabalho delicado.

Além da Polícia Civil e do Samu, equipes da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) também foram ao local para realizar a perícia e colher informações que possam ajudar a elucidar as causas do acidente.

Eles recolheram provas, analisaram as condições da pista e dos veículos envolvidos e devem divulgar um laudo técnico nas próximas semanas, o que será essencial para entender se fatores como alta velocidade, falha mecânica ou condições adversas da estrada contribuíram para o desfecho fatal.

A MT-339 é uma rodovia estadual que, como muitas outras no Brasil, carece de manutenção constante e apresenta trechos que oferecem risco aos motoristas, especialmente em períodos de chuva.

No entanto, no dia do acidente, as condições climáticas eram favoráveis, o que reforça a hipótese de que a imprudência ou distração ao volante podem ter sido as causas principais do incidente. A Polícia Rodoviária Estadual também esteve no local para organizar o trânsito e evitar novos acidentes enquanto as autoridades realizavam a remoção dos veículos e a perícia.

A investigação está em andamento, e os detalhes finais sobre o acidente ainda não foram divulgados.

No entanto, a tragédia já deixou uma marca indelével nas famílias das vítimas e na comunidade de Tangará da Serra. A perda de quatro vidas em um único acidente de trânsito reforça a importância de medidas de conscientização e segurança nas estradas, especialmente em rodovias onde os limites de velocidade são frequentemente desrespeitados.

Agora, a pergunta que paira no ar é: como evitar que tragédias como essa continuem a acontecer? A conscientização sobre os perigos de dirigir em alta velocidade, o respeito às normas de trânsito e a importância da manutenção das vias são temas que ganham ainda mais relevância em um momento como esse.

Infelizmente, para as famílias de João Valdivino, Edilaine, João Vitor e Ana Rosa, o tempo não voltará atrás, e o que resta é a dor de uma perda irreparável. Que essa tragédia sirva de alerta para que outras vidas não sejam ceifadas de maneira tão abrupta e devastadora.