Acelerando Rumo ao Futuro da Reprodução
No ritmo acelerado das pesquisas sobre fertilidade e reprodução, algumas questões intrigantes sobre o futuro começam a surgir. Será que, em um futuro próximo, nossos bebês serão totalmente concebidos em laboratórios, tornando o sexo e a gravidez obsoletos? E será que todos os futuros bebês serão “projetados geneticamente”?
Se olharmos para trás, 50 anos atrás, jamais imaginaríamos que mulheres poderiam preservar sua fertilidade e ter filhos mais tarde por meio do congelamento de óvulos. Atualmente, de 80 a 90% dos óvulos sobrevivem a este processo, com uma chance de 97% de uma mulher conceber um bebê se congelar cerca de 40 óvulos. Além disso, cientistas já conseguiram criar espermatozoides a partir de células da pele.
Estamos caminhando para uma realidade inversa: é provável que, dentro de um século, a tecnologia genética seja o método preferível e comum para criar uma nova vida, tornando o método tradicional – sexo, gravidez e parto – algo visto como “arriscado”. Isso porque o método convencional tem cerca de 30% de chance de desenvolver fetos com anormalidades genéticas, levando a abortos ou problemas de saúde significativos.
A tendência aponta para o surgimento dos “bebês projetados”. De acordo com Nicholas Raine-Fenning, professor associado de Medicina Reprodutiva na Universidade de Nottingham, Reino Unido, em 40 anos, as imperfeições genéticas poderão ser totalmente eliminadas.
Os geneticistas esperam que, em cerca de 100 anos, seja possível corrigir genes anormais em embriões ou fetos usando técnicas de edição genética, como o CRISPR. O genoma fetal poderá ser editado, removendo genes anormais e substituindo-os por genes normais.
No entanto, com o desenvolvimento tecnológico nos próximos 100 anos, podemos imaginar casais assistindo ao crescimento de seus bebês em incubadoras artificiais, com atualizações ao vivo 24 horas por dia.
Enfim, em vez de temer essas mudanças, devemos nos preparar para uma nova era na reprodução humana, onde a ciência oferece alternativas mais seguras e eficazes, potencialmente mudando para sempre a maneira como trazemos vidas ao mundo.