Na última sexta-feira (9), ocorreu um trágico acidente aéreo em Vinhedo, São Paulo, que tirou a vida de Arianne Albuquerque Risso, médica residente em oncologia do Hospital do Câncer de Cascavel. A mãe de Arianne, Maria de Fátima Albuquerque, expressou sua profunda dor e revolta em uma entrevista concedida no domingo (11), onde afirmou que o ocorrido não foi uma fatalidade, mas sim um crime. Abalada, ela declarou que qualquer pessoa a bordo daquela aeronave não teria chances de sobreviver, devido ao estado precário do avião.
O voo, que partiu de Cascavel com destino ao aeroporto de Guarulhos, São Paulo, transportava 58 passageiros e 4 tripulantes. Infelizmente, ninguém sobreviveu à queda. A aeronave, operada pela Voepass Linhas Aéreas, anteriormente conhecida como Passaredo, caiu em um terreno residencial após perder o controle durante o voo.
Em sua entrevista, Maria de Fátima não poupou críticas à companhia aérea e fez um apelo por uma investigação rigorosa das causas do acidente. Ela enfatizou o que considera ser um descaso das autoridades e citou vídeos que circulam nas redes sociais, mostrando falhas em outros voos da mesma empresa, especialmente após o acidente.
A mãe de Arianne relembrou com emoção o sonho da filha de se tornar médica, um desejo que Arianne nutria desde os 9 anos de idade. Ela relatou o orgulho que sentia ao ver sua filha alcançando seus objetivos e a felicidade com que ela seguia para se especializar em oncologia.
A perda de Arianne e de outra residente, Mariana Comiran Belim, também presente no voo, foi profundamente sentida pelo Hospital do Câncer de Cascavel.
Este acidente é considerado o mais fatal desde a tragédia da TAM, ocorrida em 2007 no Aeroporto de Congonhas, que resultou em 199 vítimas fatais.
As causas do acidente ainda estão sob investigação, mas especialistas sugerem que a queda em espiral da aeronave pode ter sido causada por um estol, situação em que o avião perde a sustentação necessária para manter o voo. A Voepass Linhas Aéreas disponibilizou um telefone de atendimento 24 horas para prestar informações às famílias das vítimas, além de estar colaborando com as investigações. A empresa declarou que sua prioridade no momento é prestar assistência aos familiares e contribuir para que as causas do acidente sejam esclarecidas o quanto antes.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Polícia Federal também se manifestaram sobre o ocorrido. A Anac afirmou que acompanhará de perto tanto a assistência às vítimas e suas famílias quanto a investigação sobre a situação da aeronave e da tripulação. Já a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar as causas do acidente, montando um ‘gabinete de crise’ na casa de um morador do condomínio onde a tragédia aconteceu, em um esforço conjunto para trazer respostas aos envolvidos.