No mundo do esporte, a tragédia bateu à porta mais uma vez. A maratonista olímpica Rebecca Cheptegei, uma jovem promissora de Uganda, teve seu destino abruptamente interrompido em meio a uma sequência de eventos chocantes. A talentosa atleta, que recentemente representou seu país nas Olimpíadas, perdeu a vida após ser vítima de um ataque brutal e insensível por parte de seu ex-namorado, Dickson Ndiema Marangach.
Tudo começou no último domingo (01/09), quando Rebecca, acompanhada de suas duas sobrinhas, retornava da igreja em Eldoret, no Quênia. Segundo relatos, Dickson invadiu a propriedade de Rebecca, aparentemente abalado por um desentendimento ligado à posse de um terreno. Em um acesso de fúria, ele jogou gasolina sobre ela e, sem qualquer compaixão, ateou fogo. Esse ato bárbaro resultou em queimaduras que afetaram 80% do corpo da atleta, rapidamente levando-a ao hospital.
A tentativa de salvar a vida de Rebecca entrou em um terreno árduo e cheio de esperanças que se desvaneceram com o tempo. Após quatro dias de luta contra a morte, ela sucumbiu a falência múltipla dos órgãos na quinta-feira (05/09). A notícia abalou profundamente a comunidade esportiva e a população de Uganda, que acompanhava com afeto a trajetória daquela que era vista como uma promessa em ascensão.
O presidente do Comitê Olímpico de Uganda, Daniel Rukare, expressou o pesar compartilhado por muitos ao redor do mundo. "Estamos profundamente tristes em anunciar o falecimento de nossa atleta, Rebecca Cheptegei, no início desta manhã, que tragicamente foi vítima de violência doméstica. Como federação, condenamos tais atos e pedimos justiça. Que sua alma descanse em paz", declarou ele.
A trágica morte de Rebecca não apenas sublinha a necessidade de ações urgentes contra a violência doméstica, mas também ecoa um chamado universal para que estes atos de barbárie sejam duramente punidos.
O legado de Rebecca Cheptegei, tanto como uma guerreira nos campos de atletismo quanto como uma vítima que agora simboliza a luta contra a violência doméstica, certamente viverá. A jovem maratonista não está mais entre nós, mas sua história reverberará por muito tempo, deixando um forte apelo para mudanças necessárias e urgentes na proteção das mulheres.